quinta-feira, 25 de junho de 2009

O EXEMPLO VEM DE CIMA

PARA O CONSULTOR , RELACIONAMENTO NAS EMPRESAS É UMA QUESTÃO DE BOM AMBIENTE, O QUE SE CONSEGUE COM EXEMPLOS DA DIRETORIA

MAX GEHRINGER – ENTREVISTA

O que é mais difícil para uma empresa, o relacionamento interno com os funcionários ou com o público externo?

Relacionamento externo é uma questão de bom treinamento. Relacionamento interno é uma questão de bom ambiente, e isso se consegue através de exemplos que vêm de cima, da diretoria da empresa. Como treinar funcionários requer investimentos, e dar bons exemplos requer atitudes pessoais, é mais fácil se relacionar bem para fora do que para dentro. Esse é o caso da maioria das empresas brasileiras.

A empresa que não cuida do relacionamento interno está no caminho das dificuldades ou do fracasso?

No caso interno, não necessariamente. Há empresas que são administradas como se ainda estivéssemos na Idade das Trevas. Os gestores agem como capatazes. Mas, mesmo assim, a empresa consegue bons resultados. Evidentemente, ela precisa contratar funcionários que suportem esse tipo de pressão. No caso externo, sem dúvida. Empresas que descuidam do relacionamento perdem clientes. E cada cliente perdido é um passo na direção do insucesso.

Atualização é a palavra chave para superar barreiras e criar oportunidades?

É uma delas. O problema é que cada empresa traduz ‘atualização’ à sua maneira. Uma empresa que não tem Intranet está desatualizada? Uma empresa que não têm CRM está desatualizada? Uma empresa que não têm programas de Responsabilidade Social está desatualizada? Muitas que não têm essas coisas discordam. As que têm apontam tudo isso como exemplos de sua atualização.

A informação é uma ferramenta que as empresas têm em mãos para se colocar à frente no mercado. Esta é uma situação real?

Informação sempre foi vital. Desde os tempos do Império Romano. O que mudou é que, até a década de 1980, as informações eram tratadas pelas empresas como segredos de estado. Os funcionários nem sabiam quanto a empresa faturava. Hoje, a quantidade de informações disponíveis é espantosa. As grandes empresas divulgam o que fazem. O lucro, que era considerado uma vergonha, agora é um orgulho. Um caso exemplar é o dos bancos. Outra coisa que influiu nisso foi o fato de que as pessoas começaram a pular de uma empresa para outra, levando e divulgando processos e informações que eram sigilosas. Hoje, mais importante do que ter informações, já que todo mundo as tem, é saber como usá-las adequadamente.

No modelo de relacionamento corporativo atual há uma mescla de itens, como experiência, planejamento, responsabilidades, críticas, análises. Como focar o melhor de seus funcionários em favor da missão da empresa? Por que tantas empresas fazem questão de colocar no papel aquele parágrafo conhecido como “Nossa Missão”?

É para que o foco seja mantido, e para que ninguém se desvie do caminho estratégico traçado pela empresa. A partir dessa “Nossa Missão”, é possível descrever a função de cada um dos funcionários, até mesmo do faxineiro terceirizado. E cada pessoa deve ter objetivos claros, que

vão confluir na direção da “Nossa Missão”. Quando isso não acontece, a empresa perde o foco. A perda de foco gera indisciplina. E a indisciplina gera o caos.

Algumas empresas têm dificuldades para encontrar formas específicas e mais interativas de dialogar. Isso pode significar que as ferramentas tradicionais já não resolvem todos os problemas de comunicação?

Em empresas com milhares de funcionários, não existe o diálogo, em sua forma mais tradicional. Por isso, devem existir processos para que as informações sejam adequadamente transmitidas. Um exemplo de que isso é possível é o McDonald’s. A mesma informação é transmitida para os funcionários de uma loja em São Paulo ou em Tóquio.

A Internet é ainda a carta na manga?

A Internet é a maior biblioteca do mundo. Um pequeno empresário que produz parafusos nos confins do Brasil pode saber, em cinco minutos, o que empresas do setor de parafusos estão fazendo na Europa e na China. Há apenas dez anos, isso era impossível. Mas a Internet é também o maior depósito de lixo do mundo. A decisão está nos dedos de cada usuário. Mas o pior, mesmo, é ignorar os benefícios que a Internet pode trazer.

Enquanto nas grandes empresas são trabalhadas ações diferenciadas para cada tipo de cliente, as médias e pequenas, por questões de custos, não podem oferecer essa atenção personalizada. O que elas podem fazer?

As pequenas empresas podem fazer algo que as grandes já não podem: tratar cada cliente como se fosse o único. Há uns 15 anos, dizia-se que as pequenas mercearias de bairro iriam acabar, porque seriam inevitavelmente engolidas pelas grandes redes de supermercados. Isso não apenas não aconteceu, como a fatia de mercado dos pequenos aumentou. Descobriu-se que existem milhões de consumidores dispostos a pagar um pouquinho a mais para ter um atendimento pessoal e diferenciado.

Personalizar o atendimento é o maior desafio, mesmo para as grandes corporações?

Quando uma empresa que tem milhões de clientes produz um comercial que diz “Você é nosso principal cliente”, é preciso ser muito ingênuo para acreditar. O que as grandes corporações tentam fazer é criar condições para que cada cliente tenha um tratamento eficiente. Mas, ‘personalizado’, mesmo, só se o cliente for milionário.

A fidelização é uma estratégia eficaz?

O caso da Gol é exemplar. Ela capturou os clientes através do preço mais baixo. Sem ter salas VIP nos aeroportos, sem oferecer programas de milhas, e até mesmo cortando as refeições a bordo, que suas concorrentes ofereciam. Mas o atendimento é simpático, e os aviões saem no horário. Por isso, a Gol rapidamente conquistou uma fatia expressiva do mercado. O mérito da Gol foi ter respondido a uma pergunta simples, que qualquer empresa consegue responder: o que, exatamente, o cliente quer? Mas muitas empresas perdem tempo, tentando imaginar o que o cliente possa estar querendo.

Na sua opinião, uma das falhas do relacionamento corporativo externo são as estratégias pontuais associadas à falta de vinculação entre o atendimento ao cliente e a área de comunicação da empresa?

Nós vamos poder acompanhar isso ao vivo, com a aquisição do BankBoston pelo Itaú. O BankBoston tinha uma bela carteira de grandes aplicadores, que o Itaú quer manter. Evidentemente, se esses clientes já tinham preferido o BankBoston ao Itaú, que era muitas vezes maior, algum motivo havia. Agora, o Itaú terá que montar uma estratégia para não perder esses clientes, uma vez que a compra do BankBoston não significa que os clientes especiais também foram ‘comprados’. O que o Itaú irá fazer, e o que os clientes irão finalmente decidir, será uma aula prática – e grátis – para todas as empresas.

Muitos comparam o relacionamento com o cliente com o de um casal. Não cumprir promessas pode destruir a marca e o relacionamento da empresa com seus clientes?

Eu não diria isso. O relacionamento de um casal é baseado na emoção. O relacionamento profissional é baseado na razão. Por isso, é muito mais fácil manter um relacionamento com o cliente do que manter um casamento. Evidentemente, fazer promessas e não cumprir destrói tanto uma marca como um casamento.

Uma empresa dirigida por uma mulher enfrenta mais obstáculos no relacionamento corporativo, já que atribuem à presença feminina o desejo de humanizar” as relações no lugar da tradicional agressividadeatribuída aos homens?

Eu posso estar redondamente enganado, mas a mulher, profissionalmente falando, é mais agressiva que o homem. E esse é um dos principais motivos que têm levado mulheres a assumir cargos de direção. Com o recrudescimento da competição, e a necessidade de tomar decisões rápidas, o perfil do gestor moderno é o do assertivo-agressivo. Um bom exemplo disso são as reuniões. Com certeza, quem um dia inventou a reunião foi um homem, e não uma mulher. Mulheres detestam reuniões. Elas querem ação.

As mulheres ainda têm que comprovar competência ou o mercado exige isso de ambos os gêneros?

O mercado de trabalho não é um organismo com regras universais. Hoje, em termos de gestão, convivem no mercado empresas que estão com um pé no século 22, e empresas que parecem estar empacadas no século 19. Uma empresa moderna já tem, em seus quadros, uma divisão equilibrada entre homens e mulheres. E por um motivo óbvio: competência não tem sexo.

Por que a vida corporativa é uma comédia?

A vida em si é uma comédia. A vida corporativa é uma extensão dela. Quando Dante escreveu a ‘Divina Comédia’, relatou dramas existenciais. O desejo de ser melhor que o outro, as estratégias para enganar o outro. A ‘Divina Comédia’ de Dante não tem nenhuma piada. Mas as atitudes ‘sérias’ dos personagens, de tão exageradas, se transformavam em algo que provocava risos. Essa é também a cara da vida corporativa atual.

Todo chefe é burro? Por que muitos pensam assim?

Porque as pessoas se frustram por uma infinidade de motivos, dentro e fora da empresa, e tendem a descarregar essa frustração na figura que está mais próxima e mais visível, que é o chefe.

Como combater a fogueira das vaidades? Como não sair queimado quando se está próximo?

Em maior ou menor grau, todos somos vaidosos. Todos somos ambiciosos. Isso é normal. O exagero é que transforma as pessoas em caricaturas humanas.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

“O que aprendi com a leucemia”

Há dois meses, Victor Siaulys enviou um e-mail a amigos e funcionários do laboratório Aché. O texto, elaborado durante internações no hospital, expõe as reflexões do empresário sobre a vida e sobre o câncer. A seguir, algumas passagens marcantes.

1 O JOGO DA VIDA

“Nesses últimos tempos, em decorrência do estado físico e do tratamento a que venho sendo submetido, meu esporte favorito tem sido o jogo de cartas. Ele tem alguns méritos, como o de ampliar meu convívio familiar e poder contar com a presença indispensável dos amigos. O jogo é o velho e prosaico buraco. Quem o pratica, sabe que há sempre uma pequena lógica no número de cartas e naipes, o que pode orientar a sua forma de jogar e competir com o azar. Lição aprendida no jogo: a cada um de nós, no jogo ou na vida, qualquer que seja o momento, cabe decidir de que forma iremos jogar com as cartas que nos foram dadas pelo destino. Elas não podem ser mudadas, temos de tirar partido daquilo que temos em mãos.”

2 A VIDA NO AMBULATÓRIO

“Por algumas semanas, tive de freqüentar o ambulatório de oncologia do hospital. Meu relacionamento com a recepcionista e a atendente, já nos primeiros minutos, quebrava o gelo da ante-sala de atendimentos. Tudo era levado na “gozação”, seja pedindo para que fosse trocada a cor da minha pulseira para combinar com a cor dos meus olhos, seja agradecendo à gentil voluntária que me oferecia abono no estacionamento, dizendo a ela que agradecia, mas tinha vindo de metrô. Entrando na área de atendimento, o rebuliço que eu promovia era, no mínimo, inusitado. Alguma coisa eu precisava mudar naquele asséptico, comportado e discreto ambiente de tratamento de portadores de câncer. Com isso, a cada retorno, sentia estar com pessoas de minha família. Sentado em minha baia, aguardando escorrer, gota a gota, a bolsa de plaquetas ou o medicamento conectado ao meu cateter, procurava observar o comportamento daqueles que circulavam pela ‘Via Dolorosa’ do ambulatório. Numa das baias vizinhas, encontramos, algumas vezes, um senhor que consumia seu tempo queixando-se amargamente de tudo: do atendimento, de sua família e de seu filho, pelo abandono a que tinha sido relegado. Pelo que sabemos, tinha sido uma pessoa muito rica e poderosa, mas que construíra uma vida familiar desastrada. Certo dia, minha filha dirigiu-se à sua baia e ofereceu-lhe chocolates. A reação foi de choro e comoção. Lição aprendida: morrer não dói. O que dói é viver uma vida infeliz. Abandonado pela família e pelos amigos, o ser humano vai perdendo progressivamente o amor pela vida.”

3 POR QUE ISSO ACONTECEU COMIGO?

“Vivemos com muita pressa, sempre no piloto automático, e muito distraídos para poder observar as pequenas coisas do nosso cotidiano. Muitas vezes precisamos de um sinal de alarme para desligar o piloto automático e assumir a direção de nossas vidas. Uma perda, um trauma, uma doença podem ser o sinal de alarme que nos permita viver melhor. Ou, quem sabe, até reaprender a viver. O sinal de alarme é a carta do baralho indesejada em nossas mãos que pode, à primeira vista, parecer ingrata e dolorosa, mas, feliz ou infelizmente, ela faz parte do jogo de nossa vida. E é com ela que temos de jogar. Não podemos descartá-la, pois ela é parte do nosso sagrado programa genético. A sabedoria oriental nos ensina que todo infortúnio é colocado na vida por uma providência divina. Para nos mostrar como somos vulneráveis. Cabe a nós aprender a transformar a tragédia em algo de positivo para nossas vidas. Não podemos jamais olhá-la apenas pelo lado pessimista.”

4 A CONSCIÊNCIA DA MORTE

“O ser humano é o único animal que tem a consciência da própria morte e, por isso, vive atormentado pelo seu mistério. Será que não existe nada além, na nossa vida, do que comer, trabalhar, dormir e gerar filhos? Será que a nossa vida não significa alguma coisa? Você pode atingir os níveis mais altos de sua carreira profissional, ter o carro que sempre fora o seu objeto de desejo, o apartamento de cobertura com a maior área útil em metros quadrados e tudo que o dinheiro pode comprar. Mas a pergunta é: por que a gente, tendo tudo que achava necessário para ser absolutamente feliz, sempre acha que falta alguma coisa? O que posso esperar da minha vida nesta altura do jogo? No meu caso, em particular, não espero nada mais. Em compensação, vou procurar dar razão de viver a cada novo momento. “Deletando” o passado e pouco me importando com o futuro, quero viver cada minuto como se fosse o último.”

5 O JOGO DO CONTENTE

“A escritora americana Eleanor Porter criou, no início do século passado, a personagem Poliana, uma criança que buscava de todas as formas ensinar a todo mundo o seu ‘jogo do contente’. Quando passamos a valorizar cada momento de nossa existência e jogamos o jogo do contente da menina Poliana, nossa vida passa a ter um significado diferente. Nos pequenos gestos de bondade e de carinho com as enfermeiras, com os atendentes, com o pessoal da limpeza, a vida fica mais fácil de ser assimilada, ainda que num quarto de hospital. Devemos lembrar que aqueles solícitos atendentes passam suas horas de trabalho ouvindo queixas de dor e desconforto. Eles precisam de palavras de carinho, precisamos abrir seus sorrisos, aquecer seus corações. Bastam algumas gotas de Poliana para encarar a estadia no hospital não como uma tragédia e, sim, como uma rica experiência humana.”

Época Negócios

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O ÓTIMO É INIMIGO DO BOM!

Todos sabemos que trabalho bem feito é trabalho finalizado. Certo?

Errado!

Trabalho bem feito é aquele que serve para alguma coisa!

E não aquele que foi feito de forma ótima, ou perfeito na sua confecção.

Deixe-me lhe dizer algo:

Melhor do que fazer algo de forma ótima, é fazer o que precisa ser feito!!!

Há vários anos, nos EUA, os fabricantes de geladeiras estavam preocupados com uma situação que estava se tornando repetitiva: crianças que acabavam morrendo por ficarem presas dentro das geladeiras. Entre as famílias americanas, era comum guardar uma geladeira no porão quando se comprava uma nova. O grande problema é que as geladeiras nessa época tinham uma fechadura que travava quando a porta batia. As crianças pequenas, desavisadas, brincando de esconder se prendiam dentro da geladeira e morriam pela falta de ar. Para resolver esse problema, vários estudiosos se reuniram em uma ação conjunta. O resultado foi a implantação de um mecanismo de destravamento das portas pelo lado de dentro e um projeto de ensino às crianças nas escolas. Um ótimo trabalho, que levou muito tempo para ser planejado e levaria mais uma grande quantidade de tempo e de dinheiro para ser implementado. Quando chegou a hora de pôr tudo em prática, eis que surgiu um outro sujeito que sugeriu o uso do imã. Assim as crianças poderiam abrir a porta pelo lado de dentro com facilidade.

O trabalho ótimo: O projeto perfeito de destravamento interno das portas das geladeiras. O trabalho ÚTIL: A idéia do ímã. Era o que precisava ser feito!

Há vezes que queremos fazer algo, gostamos do que fazemos, mas "estouramos" o prazo... Quando nos perguntam sobre o por quê, respondemos: "Porque não estava bom o suficiente."

Todas as pessoas que conheço já passaram por isso: Atrasar por estar buscando o ótimo...

Pare de se preocupar com a perfeição. Preocupe-se com o objetivo! Preocupe-se com o que precisa ser feito! Pense de forma abrangente! Abra sua mente! Deixe que as idéias fluam! Permita-se pensar de forma ampla.

Não é a perfeição que conta, e sim a eficácia e a utilidade. Todos lembrarão de você pela quantidade de coisas úteis que você criar!

Ou você acha que o primeiro automóvel era perfeito? Na verdade, o automóvel não é perfeito até hoje! Mas é útil e oferece vários recursos úteis! É claro que você deve melhorar sempre... suas ações, seu trabalho, seus projetos, suas competências... Mas quem fica focando a busca apenas na perfeição do trabalho, perde um tempo precioso para pensar em soluções! Enquanto você está buscando o ótimo, deixa de fazer o que é preciso ser feito...

Os grandes feitos da história, não foram perfeitos, nem ótimos, mas foram o resultado daquilo que precisava ser feito naquele determinado momento. Resolver obstáculos (problemas) é uma arte que exige visão abrangente, exige empatia, criatividade, proatividade, e outras competências amplas. Então pare de exigir de si a perfeição! Busque ser útil! Objetive suas ações para o que precisa ser feito!...

Se você quer se diferenciar, se você quer ser útil, se você quer se destacar, se você quer crescer, se você quer evoluir, então, pare de buscar realizar o perfeito, pare de buscar o ótimo e "mãos a obra", faça o que precisa ser feito... Faça algo realmente útil! Nada menos que isso interessa!

Eu vim aqui para fazer o que precisa ser feito! E você?

Andersom Bontorim

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Será mesmo que você é substituível?

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráfico e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E Beethoven?

- Como? - o encara o gestor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?

Silêncio.

Ouvi essa Historia esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.

Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.

Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico (até hoje o Flamengo está órfão de um Zico)?

Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'gaps'.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico... O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro.

Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu negócio.

Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas'

de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'; ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:

"Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.. Ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível"

Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... Com toda certeza ninguém te substituirá!

"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso. O que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano será menor."

Max Gehringer

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Shakespeare NÃO escreveu O Menestrel!

Shakespeare também sofre com a autoria equivocada. O texto intitulado como O Menestrel e também conhecido como Um Dia Você Aprende ou coisas similares. Sem entrar no mérito da qualidade, obviamente ele não foi escrito por Shakespeare e, aparentemente, quem o espalhou com essa autoria o fez - como quem costuma fazer isso - com a intenção de ver um texto bonitinho, digno de alguma montagem no Power Point, ser espalhado sob o aval de um nome conhecido.

Na verdade, o texto que circula por aí é a tradução corrompida e melosa (ainda mais melosa) de um poema de autoria de Veronica Shoffstall e se chama After a While.

O que mais me irrita são comentários como: “Não importa quem escreveu. Importa que alguém escreveu”. Desculpe-me, mas importa sim!


sexta-feira, 12 de junho de 2009

Texto creditado a Shakespeare (será?):

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se,e que companhia nem sempre significa segurança. E começa aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com graça de um adulto e não a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão." "Depois de algum tempo, você aprende que o sol queima, se ficar a ele exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que, não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo (a) de vez em quando, e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam. Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos." "Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm muita influência sobre nós, mas que nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que você pode ser. Descobre que leva muito tempo para se chegar aonde está indo, mas que, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados." "Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute, quando você cai, é uma das poucas pessoas que o ajudam a levantar-se. Aprende que a maturidade tem mais a ver com tipos de experiências que se teve e o que se aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais de seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva, tem direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama mais do jeito que você quer não significa que esse alguém não o ame com todas as forças, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, e que algumas vezes, você tem que aprender a perdoar a si mesmo." "E que, com a mesma severidade com que julga, será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára, para que você junte seus cacos. Aprende que o tempo não é algo que se possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende realmente que pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir mais longe, depois de pensar que não pode mais. E que realmente a vida tem valor diante da vida !!!" Shakespeare

segunda-feira, 8 de junho de 2009

“A história do sábio chinês que presenteou o imperador com um livro cabe perfeitamente aqui. O livro tinha apenas duas páginas. Ao dá-lo, o sábio explicou: ”No momento mais triste de sua vida, senhor imperador, leia a primeira página e feche o livro. E no momento mais feliz, leia a segunda. O presente terá atingido seu objetivo.”

Tempos depois, o azar abateu-se sobre o império. Uma peste matou parte da população, uma praga destruiu a lavoura, bárbaros invadiram as terras saqueando o que sobrara. Desesperado, o imperador lembrou-se do livro. Na primeira página, somente uma frase curta: ”Isso vai passar.” Incansável e laborioso, ele convocou seus conselheiros e pediu o apoio de seu povo para expulsar os invasores, debelar a peste e recuperar a lavoura.

Mais tarde, sua única filha casou-se com o filho de um imperador vizinho e os dois países se uniram num único e imenso império. Feliz da vida, o imperador lembrou-se novamente do livro e foi direto à segunda página, onde se lia apenas outra frase curta: ”Isso também vai passar.” Moral da história: não devemos nos embriagar pelas grandes alegrias nem nos deixar abater pelas grandes frustrações.

A MAIOR TRISTEZA NÃO É A DERROTA, MAS NÃO TER A OPORTUNIDADE DE TENTAR DE NOVO.”

Extraído do livro TRANSFORMADO SUOR EM OURO, Bernardinho.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Liderança segundo James C. Hunter.



"... A Liderança começa com a vontade, que é nossa única capacidade como seres humanos para sintonizar nossas intenções com nossas ações e escolher nosso comportamento. É preciso ter vontade para escolhermos amar, isto é, sentir as reais necessidades, e não desejos, daqueles que lideramos. Para atender a essas necessidades, precisamos nos dispor a servir e até mesmo a nos sacrificar. Quando servimos e nos sacrificamos pelos outros, exercemos autoridade ou influência, a "lei da colheita". E quando exercemos autoridade com as pessoas, ganhamos o direito de sermos chamados de líderes..."

James C. Hunter