quarta-feira, 29 de julho de 2009

Adorei e me identifiquei!

Meu filho mais velho foi um presente: tive o privilégio da escolha! Ele tinha 5 anos e saimos a primeira vez para um bar. Nós três: eu, ele e a mãe dele (hoje minha esposa). Em determinado momento se irritou com uma brincadeira minha e me enfiou um soco no olho. Não doeu muito, mas latejou um bocado! Rs! Digo a ele que devo um soco no olho.

Depois, quando explicamos a ele o que era um padastro, ele soltou uma gargalhada e disse: "Você é meu palhaço!" E aí pegou, daí pra frente virei o palhaço da família de verdade. Todos adoram me pregar peças... rs!

Hoje o Pedro é mais que filho: é um companheiro e amigo para todos os momentos. Até me empresta dinheiro e, como está maior do que eu (fez 18 agora!) já me passa as roupas dele que não servem mais!!

Mas agradeço a Deus todos os dias pela família que tenho, tão completa, tão única, tão minha. Obrigado a Deus por cada um deles: Gilcéa, Pedro e Gabriel! O "Palhaço" (rs!) agradece!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

EU TE AMO, GIL!


Amor, você foi o maior presente de Deus! E como todos os presentes de Deus não são baseados em merecimento e sim na infinita bondade Dele, não haveria algum da minha parte que justificasse todo o amor que você me deu, esta família maravilhosa e a maturidade que me ensinou, todo dia, em cada olhar.

Não existe mais Delney sem Gilcéa: eu seria céu sem estrela, sem brilho e opaco, seria apenas eu! Você é minha luz, a cor que enfeita meu dia. É a razão que me impulsiona a seguir em frente, enfrentar os leões diários, a lutar pelo mais alto e a conformar com o inatingível.

Se você está feliz, meu amor, meu dia é perfeito! Mas se não consigo te alegrar (e muitas vezes não consegui!), tudo perde sentido, fica vazio e frio. Mas ainda nestes momentos, você está lá!

Você me mostrou que a vida era muito mais do que imaginava e que viver é bem mais simples e bem mais profundo do que já tinha experimentado até então.

Te amo como a 12 anos atrás, quando disse "Sim" e novamente digo: SIM, SIM, SIM... mil vezes SIIIIMM! E direi todos os dias abençoados por Deus que acordarei ao seu lado.

Foram 12 anos de luta, de momentos difíceis, de incertezas. Mas cada instante estava coberto com este sentimento sincero que temos um pelo outro, curando e diminuindo o atrito: o amor maior, que não pede em troca, que se alegra na alegria do companheiro.

Você é minha companheira (companheira é companheira.... lembra? rs!). Sempre ao meu lado, até quando puxa minha orelha (e teve que puxar muitas vezes, não?).

Tenho orgulho de ter você ao meu lado, da pessoa digna que é e do seu caráter firme. Você é exemplo de filha, de irmã, amiga, esposa e uma mãe que deveria ser padrão mundial... rs!

Não se esqueça nem um segundo: você permitiu que se pintasse um lindo quadro, que uma linda história fosse escrita. História onde você é a heroína, a personagem principal! E eu um simples coadjuvante...

Obrigado por todos estes anos de felicidade ao seu lado.

Te amarei por mais 12 anos e até o fim de nossos dias!

Seu amor, Delney.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O Cego e o Publicitário

Havia um cego sentado na calçada em Paris, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira que, escrito com giz branco, dizia: " Por favor, ajude-me, sou cego ".
Um publicitário, da área de criação, que passava em frente a ele, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou o giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora.

Pela tarde o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola. Agora, o seu boné estava cheio de notas e moedas. O cego reconheceu as pisadas e lhe perguntou se havia sido ele
quem reescreveu seu cartaz, sobretudo querendo saber o que havia escrito ali. O publicitário respondeu:

" Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras ".

Sorriu e continuou seu caminho. O cego nunca soube, mas seu novo cartaz dizia:

“HOJE É PRIMAVERA EM PARIS E EU NÃO POSSO VÊ-LA"
“Mudar a estratégia quando nada nos acontece, pode trazer novas perspectivas. “

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Vivendo e aprendendo.

A vida está nos ensinando todo tempo. É uma lição a cada segundo. Mas de repente, esta lição vem intensa, nos emociona, nos abala, nos testa. Revela-se então toda nossa inexperiência diante desta profunda experiência que é nossa existência, repleta de fatos antagônicos, tão pequena e profunda ao mesmo tempo e tão densa de novidades quanto curta em sua duração.

A 2 dias nossa cadela, a Iris, com apenas 5 anos apresentou um problema neurológico. Em menos de 12 horas já não andava, tínhamos que alimentá-la com papinha na colher, dar água em sua boca, levantá-la para que pudesse fazer suas necessidades. Ficamos muito apreensivos e 24 horas depois ela começou a apresentar melhora.

Mas, infelizmente, poucas horas depois, quando fomos cuidar dela, já não estava mais viva. Foi um susto para mim, minha esposa e meus filhos, Gabriel e Pedro. Temendo que a tristeza fosse mais intensa para todos, tentei não chorar e ser firme. Mas ao lembrar que teria que carregar o corpo dela e levar para a clínica veterinária, não resisti e me entreguei às lembranças das brincadeiras, das travessuras e tantos momentos bons que vivemos. Dirigindo, não contive as lágrimas juntamente com minha esposa. Sonhei toda a noite, como um filme com todos os momentos que brinquei, chorei, briguei e cuidei dela. Acordei muito deprimido.

Mas ao sair de casa, passava à frente o pai de uma menina que ajudamos, levando ela ao hospital. Ela tinha tumor no cérebro, tão avançado que saia pelo olho direito. Ela morreu dentro de pouco tempo. Fiquei perguntando a Deus o que ele queria me dizer sobre perder alguém. Tentei sentir a dor daquele pai e me senti feliz, pois a saudade que sentia era infinitamente mais suportável do que a que ele sentiu. E o sofrimento daquela criança foi muito maior do que o que a Iris passou.

Me lembro que uma de suas travessuras foi quando começou a apresentar problemas intestinais e não sabíamos o porque. Até o dia que ela chegou até nós com uma “barba” de goiaba no rosto. Estava saltando a cerca do pomar no fundo de casa para apanhar os frutos que caiam da árvore.

Sentávamos à noite na sala de estar para ver TV. Ensinei a ela a ficar sempre em cima de um tapete. Ela ia puxando com as patas, arrastando o corpo, sempre em cima do tapete para chegar até perto de nós. E olhava como que dizendo: não reclamem, estou ainda em cima do tapete! Comíamos pipoca juntamente com ela e ríamos muito disso. Ela só engolia as que pegava no ar e rejeitava as que caiam no chão, não me explique o porque!

Esta raça de cão, Boxer, é muito interessante. Impõe respeito, guarda a casa, mas extremamente dócil e brincalhona. Quando nos vêem, a alegria é tal que se entortam andando formando um “U” com o corpo. Ficam com aquele olhar “pidão” de “me-faz-um-carinho”.... e adoram crianças!

Muitos nos têem como loucos por termos criado 3 boxers. Pra ser sincero, algumas horas é pesado, quando estamos cansados e temos que dar atenção a eles. Mas, quando analisava a situação, me sentia honrado pois, nunca me senti capaz de ter uma família. Cuidar de vidas me parecia muita responsabilidade, e ainda acho. Mas agradeço a Deus por ter me capacitado e me dado as ferramentas para cuidar não apenas dos meus, mas de 3 criaturas que precisam tanto de nós para sobreviver. Cuidar de vidas é minha vida! E que venham mais vidas!

Mas agora, me sinto mal em lembrar das broncas, das vezes que me estressei com a Iris, que fiquei com preguiça de dar carinho... normal! Mas espero que todos tenham por mim, quando eu partir, o mesmo sentimento que tento nutrir neste momento: me sentir honrado pela grande oportunidade de ter convivido com este ser, de ter dado o melhor de mim (por pior que seja) e ter recebido todo o carinho e atenção dela. Quando eu partir, quero que lembrem de mim como alguém que trouxe muita alegria e por isso sentirão saudades, mas uma saudade agradecida a Deus por nos ter colocado no mesmo caminho, mesmo que este caminho tenha sido curto.

Adeus e obrigado Iris!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Pais e Filhos: TREINA A CRIANÇA DE ACORDO COM O SEU TEMPERAMENTO - C. Swindol

APRENDA A SE DOBRAR CONFORME AS INCLINAÇÕES DOS SEUS FILHOS - Provérbios 22.6

"Se pacientemente observarmos e dermos ouvidos aos nossos filhos, poderemos desviar prováveis desastres." Seis milhões de americanos vão dar um passo de mudar a vida este ano (escrito em Fevereiro de 1984). Este passo não mudará apenas a vida deles, mas terá um efeito profundo na próxima geração: eles vão ter filhos. A forma como vão criar estes pequeninos produzirá um impacto muito maior na sociedade, do que quando votam, criam artes, lêem livros, resolvem problemas tecnológicos ou como pretendem visitar outros planetas um dia.

Você pode logo estar entre estes seis milhões. Talvez já esteja, e, como pai, ou provável pai, você está ansioso para fazer a coisa certa, embora não tenha muita certeza do que ela seja. Sugiro que o lugar para começar é com um ingrediente simples: por mais estranho que pareça você pode gerar, vestir, alimentar, disciplinar e educar esta criança, sem mesmo conhecer sua vida. A questão não é falta de orientação. Muitas horas são gastas um na presença do outro. Você está apenas perdendo a sensibilidade. Conhecer seu filho é o principal. Encare isso: é impossível amar alguém que você não conhece até mesmo o seu próprio filho. Se isso é verdadeiro na questão do amor, também é verdadeiro na questão do treinamento. Os pais não podem esperar treinar bem um filho, se eles não conhecem aquele que está sendo treinado.

O ENSINO DE PROVÉRBIOS 22.6

Este versículo é muito conhecido da maioria dos cristãos: "Ensina o menino no caminho em que deve andar, e até quando for velho não se desviará dele.” Antes de provarmos este provérbio tão conhecido, leia-o novamente para ver se entendeu mesmo o que está escrito. Alguns acham que o ensinamento dele é: "Cuide atentamente para que seu filho esteja na igreja regularmente. Procure fixar firmemente na mente dele alguns versículos da Bíblia, hinos e orações. Se possível, leve-o a uma escola bíblica. Algum dia ele vai se entregar aos prazeres da mocidade, mas quando ficar velho o bastante para vencer seus impulsos, ele voltará para Deus." Não sei como você vê isso, mas tal declaração não encoraja muito os pais. Quem seria motivado a treinar seu filho, sabendo que está criando um pródigo que um dia se voltará contra seus pais e não para o Senhor, a não ser quando estiver velho e caduco? Isso além de não ser uma promessa, também não é verdade. Você e eu podemos mencionar pessoas que foram forçadas por pais exigentes a se conformarem a regras religiosas. Tão logo saíram de seus lares, se rebelaram. Posso me lembrar de dois amigos de infância que não apenas se rebelaram, mas morreram em sua rebelião. Eles nunca retornaram ao Senhor.

O QUE SIGNIFICA ENSINAR?

O que o escritor hebreu quis significar com o verbo "ensinar"? A raiz da palavra no original é um termo usado para "o palato, o céu da boca". Nos dias de Salomão uma parteira mergulhava seu dedo no suco de tâmaras espremidas, levava-o à boca do bebê e massageava a gengiva e o céu da boca para criar a sensação de mamar. Aí ela colocava a criança nos braços da mãe para se iniciar a alimentação nos seios dela. O termo crianças geralmente nos faz pensar num pequenino entre quatro e cinco anos. Em 1 Samuel o termo se refere a um infante (4.21), em Gênesis a mesma palavra é usada para Ismael antes dele ser adolescente (21.16), e com respeito a José quando ele já tinha 17 anos (37.2). O termo cobre todos os anos em que um filho está debaixo do teto dos seus pais, desde a infância até se tornar jovem.

Um pai regular pode raciocinar sobre este versículo assim: "Eu conheço o caminho certo para meu filho e vou treiná-lo desse modo. Vou aplicar o mesmo tipo de treinamento a cada um dos meus filhos; eles deverão seguir o mesmo caminho". À primeira vista Provérbios 22.6 dá idéia de negar a individualidade, mas é exatamente o oposto. "No caminho que deve andar" significa "acompanhar, em cooperação com, de acordo com" o caminho que ele deve seguir. A versão New American Standard oferece uma tradução literal assim: "Segundo o seu caminho." Isso pode ser totalmente diferente do caminho do pai. Deus não está dizendo: "Educa a criança como você a vê". Ele diz exatamente o contrário: "Se você quer que o seu treinamento seja piedoso e sábio, observe seu filho, seja sensível e esteja alerta a fim de descobrir o caminho dele, e encaixe o seu treinamento de acordo com esse caminho”. Provérbios 30.18 usa a mesma palavra para "caminho" como neste versículo. No Hebraico este termo "caminho" tem a idéia de "característica, maneira, modo". Os Salmos 7.12 e 11.2 usam esta mesma palavra para descrever um arqueiro com seu arco e flechas. Uma paráfrase de Provérbios 22.6 na Bíblia Ampliada diz: "Treina a criança no caminho que deve seguir (e acompanhando seu dom ou inclinação individual), e quando for velho não se desviará dele".

TENDÊNCIAS DADAS POR DEUS

Em toda criança existe uma inclinação, uma soma de características já estabelecidas por Deus. E os pais que querem treinar seus filhos corretamente devem descobrir qual é essa inclinação. Você pode ter mais de um filho. Eles são iguais? Provavelmente não. Um é criativo, o outro agressivo, prático. Um pode ser inteligente; o outro não é acadêmico. Um pode ter interesse em coisas técnicas e outro pode ser sonhador. Para um a vida é simples e feliz; para outro ela é complicada e séria. Os pais sem sabedoria podem dizer: "Vamos colocar este lar nos eixos. Todos vão se encaixar no meu molde". O pai frequentemente lidera o caminho com um dogmatismo do tipo "ou conserta ou deserta". Quando os filhos ouvem isso, eles fazem planos para sair de casa o mais cedo possível. Não é justo que os pais predeterminem o caminho para os seus filhos. Os pais sensíveis observam cada filho e aprendem como Deus os projetou, e adaptam seu treinamento de acordo com esse conhecimento.

OS FILHOS SÃO DIFERENTES

Jacó era uma espécie de "maricas". Esaú, seu irmão gêmeo, era um caçador másculo. Veja Absalão e Salomão, filhos de Davi. Absalão era um rebelde; Salomão um diplomata, um homem de paz, brilhante e sábio. Freqüentemente tentamos usar a mesma aproximação para com nossos filhos.

Outro erro grave é comparar um irmão com outro. "Ana, por que você não é como a Julia?" "Porque eu não sou Julia" responde Ana. "Por que não?" diz o pai. "Julia tem interesse em Deus e na Palavra Dele. Ela é sensível e ama o Senhor. Por que você é tão rebelde?" Ela responde: "Porque eu sou Ana". O pai apanha uma vara maior, determinado a fazer com que ela seja como a Julia. Ele acha que ela está respondendo, mas na verdade Ana está se esforçando para mostrar um ponto importante. Ela anseia que seus pais reconheçam que ela é diferente de Julia. Não tire conclusões precipitadas de que eu estou sugerindo que Julia ou Ana podem agir independentemente dos seus pais. Estou simplesmente dizendo que não é sábio comparar e encaixá-las no mesmo padrão.

AS FRAQUEZAS DOS FILHOS

Há anos atrás eu e minha esposa consideramos como estávamos falhando em reconhecer a individualidade em nossos filhos. Fazíamos uma revisão dos boletins escolares várias vezes no ano, diante de todos. Só os que só tiram boas notas apreciam tal coisa. Depois decidimos adotar um novo procedimento: cada boletim é lido novamente só com o filho que o trouxer para casa. Cada filho é encorajado ou desafiado individualmente, de acordo com o seu nível de capacidade e inclinação dada por Deus. Nossos filhos agora anseiam por estas avaliações pessoais, ao invés de temerem um encontro desagradável na frente de todos.

BOAS INCLINAÇÕES DOS FILHOS

Os pais precisam considerar as duas maiores inclinações nos filhos: Deus teceu certas características no tecido interior de cada criança, concedendo-lhe suas características físicas, emocionais, personalidade básica, interesses e capacidades. Vamos chamá-las de “boas inclinações”. Elas são produtivas e benéficas à criança e ao mundo no qual ela entra. O Salmo 139 descreve a boa inclinação que Deus nos deu individualmente, antes do nosso nascimento. A “Mãe Natureza” não nos formou, nem surgimos de repente. Na essência dos termos, o Salmista diz: “Tu, ó Deus, Tu e nenhum outro, foste responsável pela minha formação” (Sl 139.13). Davi também diz: “Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim” (v 16). Deus tem um “livro” para cada criança, e para cada novo filho que você tem, outro livro é aberto. Tão diferente como a noite e o dia, cada um foi planejado e estabelecido por Deus.

Os pais sábios reconhecem que nosso soberano Criador prescreveu certos atributos individuais a cada criança. Pelo estudo e observação, os pais chegam a conhecer os filhos que Deus lhes deu gastando tempo observando, conversando e ouvindo aquela criança preciosa, não apenas quando é pequena, mas durante todos os anos que viver no lar. Um dos melhores investimentos que você pode fazer, é depositar na mente dos seus filhos um conhecimento deles mesmos, isto é, conhecer as suas próprias inclinações. Ajude seus filhos a descobrirem suas capacidades e interesses dados por Deus. Anime-os a aceitarem a si mesmos e a verem o valor dessas características que os tornam diferentes de todos os demais.

FORÇA NÃO PRODUZ OBEDIÊNCIA

Frequentemente os pais usam de força para produzir a obediência, mas só a força leva a criança a se rebelar ou fugir. Lentamente ela desenvolve um desprezo por aqueles que a estão criando, passam a resisti-los e ficam magoadas com eles. Você pode dizer: “Forçando meu filho, eu o estou treinando como a Bíblia diz”. O primeiro passo na criação de um filho não é forçar e sim conhecê-lo. Quantidade alguma de treinamento forçado terá sucesso, caso você falhe em conhecer seu filho.

OS PAIS PROJETADOS NOS FILHOS

Pense numa cena familiar de um pai atlético que tem um filho artista. O pai (que quase entrou para o futebol americano profissional, mas que se machucou na faculdade), compra para seu filho de três anos uma bola de futebol americano que custou 25 dólares. Dia após dia o pai aguarda ver seu filho gostando do futebol americano, mas tudo o que o menino quer é tocar piano. Quando Júnior faz dez anos, seu pai está quase ficando louco. Ele teve um filho que pode tocar os clássicos mais difíceis no piano, mas não consegue realizar uma das mais simples jogadas de futebol americano. Para piorar as coisas, o menino não quer nem mesmo aprender. Seu pai grita como louco e o menino tenta explicar. O pai se recusa a ouvir e procura forçar uma mudança usando uma humilhação pública como alavanca, ou então ameaça cortar as aulas de piano. O filho quer agradar o pai, mas de nada adianta suas tentativas: ele não consegue.

O pai, um devoto freqüentador de igreja, também espera que seu filho tenha interesse no Senhor. Um fenômeno curioso e comum ocorre: uma troca estranha acontece no relacionamento. Por causa da frustração do pai e do ressentimento do filho, surge uma diminuição de interesse, lenta, mas contínua, pelas coisas espirituais. Troque alguns detalhes e possivelmente você verá uma cena dolorosamente semelhante em seu próprio lar. É muito melhor você cultivar as qualidades de seus filhos que foram dadas por Deus, ajudando-os a alcançarem o máximo do potencial deles.

AS MÁS INCLINAÇÕES DOS FILHOS

Cada criança tem também inclinações ou tendências para o mal. Essa tendência negativa é herdada, originalmente de Adão e especificamente do pai e da mãe. É a natureza pecaminosa da humanidade passada de pai para filho, de uma geração a outra. (Um fator adicional nessa inclinação maligna é uma cadeia de características pecaminosas que podem ser vistas para trás em cada um dos ancestrais da criança). Se os pais falham em reconhecer a tendência má em seus filhos através do pecado herdado, eles nunca poderão entender realmente as batalhas dos filhos. Eles só vão gritar mais e bater mais forte!

Cada criança nasce espiritualmente morta. Isso pode parecer muito duro, mas é a verdade. O Salmista disse: “Eis que em iniqüidade fui formado e em pecado me concebeu minha mãe” (51.5). A Bíblia Ampliada traduz melhor: “Eis que fui formado num estado de iniqüidade. Minha mãe que me concebeu era pecaminosa e eu também sou pecaminoso”. O Salmo 58 expressa o mesmo pensamento: “Os ímpios são alienados desde o ventre; andam errados desde que nasceram proferindo mentiras” (v 3). Muitos séculos mais tarde o apóstolo Paulo escreveu: “Pois, assim como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12). Desde o início da vida, toda criança tem uma tendência para o mal.

O Comitê de Criminalidade de Minesota, uma organização presumivelmente neutra a respeito de qualquer questão espiritual, declarou o seguinte para explicar os altos níveis das estatísticas sobre o crime: “Cada bebê começa a vida como um pequeno selvagem. Ele é totalmente egoísta e egocêntrico. Ele quer o que quer e quando quer: sua mamadeira, a atenção da mãe, os brinquedos dos seus amigos, o relógio do titio. Negue isso e ele manifesta raiva e agressividade que seriam criminosas, não fosse ele tão desvalido. Ele está, na verdade, contaminado. Não tem princípios morais nem conhecimento. Isso significa que todas as crianças, não certas crianças, nascem delinqüentes. Se lhes for permitido continuarem no mundo egocêntrico da sua infância, tendo permissão livre para suas ações impulsivas, para satisfazer suas necessidades, cada criança crescerá como criminosa, ladra, assassina ou estupradora”.

Pai, se você pensa que pode treinar seu filho corretamente, mesmo ignorando os danos (do pecado – nota do tradutor) na alma dele, lamentavelmente você está enganado. Você pode amá-lo de todo o seu coração, mas deve encarar o fato de que ele está estragado e caído por causa do pecado. Ele precisa de restauração. A única forma de lidar com este problema é através de um poder muito maior do que o poder da depravação: o Senhor Jesus Cristo! Os filhos devem ser levados a conhecê-Lo de forma pessoal. “Um filho entregue aos seus próprios caminhos, envergonha sua mãe” (Pv 29.15). Um filho deixado na condição original em que nasceu envergonhará aqueles que o amam. Coloque seu filho na sociedade, sem ter feito nada para alterar ou neutralizar sua inclinação para o mal, e ele trará ruína e sofrimento a um mundo já marcado pela impiedade sem punição. A neutralização pelo poder de Cristo é parte vital no propósito de quebrar a inclinação. A boa inclinação deve receber a cooperação humana; a má deve ser neutralizada pelo lado divino.

Quando foi a última vez que você se assentou sozinho com seu filho? Você já marcou um “compromisso” com seu filho ou filha? Se você quer ter um bom divertimento esta noite, observe seus filhos brincando. Algumas coisas vão te quebrar, pois você ficará assombrado ao ver como eles parecem com você quando você tinha a idade deles. Uma noite assentei com um dos meus filhos e conversei longamente com ele, discutindo coisas que estavam na sua mente. Não repreendi nem preguei. Não li a Bíblia para corrigir. Apenas ouvi, observei e prestei atenção. Meu filho riu e chorou e eu amei cada minuto. Provérbios 22.6 conclui: “E quando for velho não se desviará dele”. O termo “velho” significa “cabelo no queixo” ou “barbado”. Isso não é uma promessa para pessoas de 90 anos de idade. É para aqueles que, tendo sido treinados corretamente, estão deixando o ninho e entrando na maturidade.

Extraído do blog seguidoresdocordeiro.blogspot.com de Delcio Meireles