Há 5 meses, Kirby Ferguson lançava a primeira parte, de uma série de quatro, de seu documentário “Everything is a Remix”.
E com ele uma tese chocante: de que hoje, a maior parte da produção cultural é remixada. Materiais coletados, combinados e transformados em algo novo. “Criação requer influência”.
A segunda parte do “Everything is a Remix”, focado no cinema, levanta alguns números curiosos:
Dos 10 filmes que mais arrecadaram nos últimos 10 anos, 74 de 100 são seqüências ou remakes, ou adaptações de quadrinhos, games e livros. “Transformar o velho em novo é o maior talento de Hollywood”.
Três seqüências de um filme adaptado de uma atração de parque temático. Já temos um filme musical musical baseado em um musical que foi baseado em um filme. Temos também duas seqüências de um filme adaptado de um desenho animado que foi baseado em uma linha de brinquedos.
Temos também 11 filmes de “Star Trek”, 12 “Sexta-Feira 13″ e 23 “James Bond”. Tem também a série “Jogos Mortais”, que pelas notícias que li no últimos anos deve estar hoje na versão 74.
E para o restante, 26/100 que não é uma adaptação, remake ou sequência, a palavra “original” não pode ser usada para descrevê-los adequadamente. Fazem parte de subgêneros básicos, que são apropriados, transformados ou subvertidos. Para isso, Ferguson usa como exemplo o maior blockbuster do ano passado: “Avatar”.
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