Não houve piora de quinta para sexta em Fukushima, segundo a AIEA.
Japão aumentou de 4 para 5 o nível do acidente e tenta estabilizar reatores.
A agência de energia atômica da ONU afirmou nesta sexta-feira (18) que as condições na usina nuclear de Fukushima Daiichi, afetada pelo terremoto e pelo tsunami do dia 11, continuava muito séria, mas não estava piorando.
"A situação na usina nuclear de Fukushima Daiichi continua muito séria, mas não houve piora significativa desde nosso último briefing", na véspera, disse Graham Andrew, funcionário veterano da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
A situação nos reatores nas unidades 1, 2 e 3 parece continuar praticamente estável.
O Conselho de Ministros da AIEA vaI se reunir na próxima segunda em sessão extraordinária para a apresentação de um relatório do diretor geral Yukiya Amano, que estava no Japão, informaram fontes da organização nesta sexta-feira.
Nível 5
Com base na Escala Internacional de Acontecimentos Nucleares e Radiológicos (INES, na sigla em inglês), a Agência de Segurança Nuclear do Japão aumentou,de 4 para 5 o nível do acidente nuclear de Fukushima. A escala vai até 7, mesmo nível do desastre de Chernobyl.
Ao longo desta sexta, especialistas tentaram resfriar o reator 3 da usina. Dezenas de caminhões-pipa voltaram a lançar água no contêiner, muito danificado após o terremoto do dia 11. Cerca de 30 caminhões foram utilizados na operação.
Tóquio
O chefe da AIEA, Yukiya Amano, afirmou que o nível de radiação em Tóquio não é perigoso. O diretor da agência da ONU também anunciou que o órgão planeja uma reunião extraordinária sobre as usinas nucleares do Japão, na próxima segunda-feira.
Uma semana
Também nesta sexta, o Japão parou por um minuto em respeito às milhares de vítimas do grande terremoto de magnitude 9 e do devastador tsunami que ocorreram há uma semana. O minuto de silêncio ocorreu às 14h46, exatamente na mesma hora do início do desastre natural registrado na última sexta (11).
Horas antes do minuto de silêncio, as autoridades do Japão calcularam em mais de 6.500 os mortos e em mais de 10 mil os desaparecidos após a tragédia, segundo o último boletim oficial divulgado pela polícia.
Os números, porém, não são definitivos e podem aumentar. O número de feridos está em 2.409.
Fonte: G1
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